O Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscon) de Florianópolis realizou ontem (9/5/2018) a primeira Oficina de Constelação Sistêmica dirigida a apenados que estão prestando serviços à comunidade. A atividade envolveu sete pessoas, responsabilizadas por crimes ambientais, tributários e de moeda falsa, entre outros delitos, que poderão computar o tempo de participação na oficina como cumprimento do período de trabalho aplicado.
“Há algum tempo este juízo busca estabelecer um novo olhar sobre os casos criminais que se apresentam em seu cotidiano”, escreveu a juíza Micheli Polippo, coordenadora do Cejuscon e magistrada da 7ª Vara Federal de Florianópolis – que tem competência criminal – em decisão convidando uma apenada a participar da oficina. “Objetiva-se, assim, lançar um novo olhar sobre o sistema penal, (...) um olhar que agrega vítima, sociedade, reparação do dano e responsabilização do ofensor”.
A oficina teve o apoio profissional do psicólogo Paulo Pimont, para quem o método pretende “demonstrar como os atos e situações podem ter paralelo com o histórico familiar”. O objetivo, segundo ele, é “encarar a pena com dignidade e diminuir a reincidência”. A sessão teve a cooperação de servidores do Cejuscon e da 7ª Vara, além da presença da diretora do Foro da Justiça Federal em Santa Catarina (JFSC), juíza federal Claudia Maria Dadico, nos momentos iniciais.
*Os nomes e imagens dos apenados foram preservados.